A professora do IESP-UERJ Eugênia Motta concedeu entrevista ao reporter João Paulo Charleaux, do Nexo Jornal. Na conversa, a coordenadora do Grupo Casa compartilhou as constatações de sua pesquisa de campo acerca da realidade econômica do Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, durante a pandemia, contrastando com os dados macroeconômicos que fundamentam as políticas de auxílio do governo federal.
A questão com as medidas mais macroeconômicas, com as pesquisas nacionais, é que elas dão um retrato geral, mas não conseguem pegar todos esses detalhes. Veja que uma das dificuldades de medir a economia real, não só em período de crise, é que, em muitos lugares, o dinheiro não passa pelo banco, não passa por contratos. A “informalidade” é uma palavra que abrange coisas demais. Muitos dos dados macro dizem respeito a CPFs, e não a pessoas exatamente. Então, a gente consegue saber um monte de coisa sobre esses CPFs, mas não sobre as pessoas por trás desses documentos. Então, existem coisas que a gente percebe fazendo pesquisas de campo.
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