O processo de redemocratização, depois de vinte anos de governos militares (1964-84), significou, entre outras coisas, a incorporação definitiva na agenda política brasileira das reivindicações de ativistas e organizações negras. As ações afirmativas que se consolidaram a partir dos anos 2000, no entanto, não foram implementadas sem que houvesse o enfrentamento de interesses contrários. Este livro analisa como a controvérsia em torno das ações afirmativas raciais reverberou nas páginas da Folha de São Paulo e de O Globo. A obra resulta de pesquisa coletiva realizada no Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa(GEMAA). Foram avaliados 1.831 textos publicados pelos jornais entre 2001 (ano da entrada do assunto na agenda midiática) e 2009 (ano da judicialização da controvérsia).