Marcia Rangel Candido
Investiga a institucionalização da Ciência Política no país, com especial atenção a como as desigualdades de gênero permearam o crescimento de sua comunidade acadêmica.
Além de examinar a questão central de como homens e mulheres participaram da formação da Ciência Política no Brasil, propõe outras reflexões, entre elas: de que modo surgiu a discussão sobre as assimetrias de gênero na disciplina? Como a diversidade de gênero variou ao longo do tempo na área? Quais são as pioneiras e os pioneiros intelectuais das modernas análises sobre política? Ou ainda: existe diferença nas práticas de trabalho e no acúmulo de prestígio acadêmico de acordo com o gênero dos fundadores e fundadoras da “nova” ciência política?
Ao longo de quatro capítulos, a autora realiza sua pesquisa sobre o papel da mulher e a sua visibilidade na consolidação da ciência política no Brasil. Com esse objetivo, ela utilizou métodos mistos, com abordagens qualitativas e quantitativas, e analisou a bibliografia especializada, os espaços de ensino e formação, a produção intelectual e as trajetórias acadêmicas.