O jornal Folha de S. Paulo publicou o artigo Do Bolsa Família às cotas, assinado pelo Prof. Luiz Augusto Campos. No texto, o coordenador do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) aponta que programas como o Bolsa Família e a política de cotas no Ensino Superior explicam parte do sucesso dos governos do Partido dos Trabalhadores no passado recente da política brasileira, e devem ser retomados e potencializados no novo mandato iniciado em 2023.
O fato de essas medidas combinarem clivagens de raça, gênero, classe e/ou geração não nos autoriza a rotulá-las como “políticas identitárias”. Ao contrário, o Bolsa Família e as cotas são políticas que utilizam as diferenças entre grupos discriminados justamente para produzir mais igualdade de acesso a recursos e oportunidades. O sucesso do Bolsa Família é que os filhos das beneficiárias dispensem o auxílio, do mesmo modo que o sucesso das cotas é que os filhos dos beneficiários prescindam da reserva.