No artigo “Diversidade, inclusão e as armadilhas do Tokenismo’, o colunista do jornal Estado de Minas Cristiano Rodrigues se baseia em pesquisas produzidas por dois grupos de estudos vinculados ao IESP-UERJ: A Cara do Cinema Nacional, produzida pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e Negros nos jornais brasileiros, publicada no Manchetômetro, portal de monitoramento da mídia desenvolvido pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP). Partindo destes e de outros dados levantados, o texto analisa a diversidade de representação na mídia e no mercado de trabalho brasileiros.
Outra pesquisa, do Manchetômetro, publicada em novembro de 2019, demosntra que o três principais jornais impressos do Brasil têm 96% de colunistas brancos, dos quais 68% são homens, escrevendo regularmente para os seus veículos. A participação de colunistas negros nesses veículos oscila entre 2% e 10% e eles praticamente não escrevem sobre temas considerados mais nobres, como economia e política. Embora a pesquisa não revele, vale a pena se perguntar: quantos desses colunistas negros são remunerados pelo seu trabalho? O valor que recebem é comparável ao dos colunistas brancos? Mesmo sem essas respostas é possível perceber uma desconexão entre um discurso vazio que, na superfície, defende a pluralidade e diversidade e a ausência de medidas institucionais que promovam, efetivamente, a ampliação do círculo de indivíduos com direito a voz no seio da sociedade.
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