Territórios do Rio: Os futuros do trem, os futuros da cidade

O Grupo Casa e o Coletivo de pesquisa sobre violências, sociabilidades e mobilidades urbanas (BONDE) convidam para mais uma edição do projeto Territórios do Rio, apresentando a mesa Os futuros do trem, os futuros da cidade. Oferecido na Sala Olavo Brasil, o painel conta com a participação de Carlos Santana (Por um trem em movimento), Rafaela Albergaria (Observatório dos Trens), Hélio Suêvo (AENFER) e do maquinista Marcelo Martins, em uma conversa sobre os futuros possíveis para os trens da cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana, mediada pelo pesquisador associado ao Casa, Marcos Campos (CEBRAP).

A pandemia de Covid-19 alterou os significados e o ritmo do já longo processo de degradação dos trens metropolitanos operados pela concessionária Supervia no Rio de Janeiro. Desde então, múltiplas temporalidades atravessam essa crise: a queda brusca do número de passageiros; a dilatação do tempo para os usuários pela piora da oferta e manutenção dos serviços; as responsabilizações pelas “perdas” contratuais que apontam para crises nos padrões de acumulação; a antecipação cotidiana da violência pelos maquinistas; a expansão dos furtos de cabos e a criminalização da degradação do transporte público; a ausência de projetos robustos que apontem para um outro horizonte para a concessão.

Essa mesa busca reunir pessoas cuja vivência e mobilização têm proporcionado elaborações alternativas sobre os futuros do trem e do Rio de Janeiro, a partir e para além da temporalidade do arruinamento.